quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Enquadrado

Thiago diz:
Lá fora
Thiago diz:
agora
Thiago diz:
cai
Thiago diz:
forte
Thiago diz:
a chuva sobre a tarde tediosa

Thiago diz:
Em algum lugar
Thiago diz:
que não aqui
Thiago diz:
obviamente
Thiago diz:
você passeia sem mim

Thiago diz:
na memória
Thiago diz:
agora
Thiago diz:
qualquer vazio passageiro
Thiago diz:
Se preenche

Thiago diz:
Cansado
Thiago diz:
penso em pintar
Thiago diz:
com outras cores
Thiago diz:
as paredes do meu quarto amarelo e branco
Thiago diz:
e arrancar
Thiago diz:
do porta-retrato
Thiago diz:
esse instante congelado.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Não-ser: eis a questão, de novo.

Escreverei um texto nos próximos breves minutos que antecedem(rão) a chamada no celular. Mas ainda não sei precisar sobre o que se tratará doravante. Impossível é fugir da linguagem, quero dizer, de pensá-la... residimos nela. A metalinguagem é reincidente... como os erros freqüentes do árbitro futebolístico.

Preciso, necessito precisar. Mas de quê? Pra quê?

Descerei as escadas, manobrarei a porta com a chave e deixarei a casa. Entrarei no banco, farei o que tiver de ser feito, imprimirei o roteiro para lê-lo antes do ensaio com os atores – sou o diretor de atores, no trabalho da matéria “direção de atores”. No entanto, que coisa, antes mesmo do ensaio... temos uma prova da mesma matéria... que foi antecipada.

Acaba meu tempo. Desfecho de texto é clique sobre o X – a questão é essa: não-ser: eis a questão.