Meudeusdoceu, queremos escrever um romance em russo, mas acontece que não conhecemos a língua russa. Portanto, para escrever um romance em russo, teríamos de inventar a língua melancólica e ressentida – cristã, em última instância – de todos os Tolstoi´s; teríamos até de submergir no oceano iconoclasta dos Dostoiévski´s... e, afinal, aprendermos alemão também com a genealogia do pensamento que matou deus.
Meudeusdoceu, somos todos ateus, mas como que por uma ironia do destino, talvez sejamos os que mais Lhe procuram... nas nóias lingüísticas... nas nuances do eterno porvir e nessa consternação generalizada diante dos templos... que insistimos em reconstruir, para tornar a quebrá-los.
E cá estamos, ouvindo caetanos cânticos, entre mulheres vegetais [comestíveis, em resumo]... E aqui vamos nós, acabando o que não tem fim... sem rumo.
Meudeusdoceu, somos todos ateus, mas como que por uma ironia do destino, talvez sejamos os que mais Lhe procuram... nas nóias lingüísticas... nas nuances do eterno porvir e nessa consternação generalizada diante dos templos... que insistimos em reconstruir, para tornar a quebrá-los.
E cá estamos, ouvindo caetanos cânticos, entre mulheres vegetais [comestíveis, em resumo]... E aqui vamos nós, acabando o que não tem fim... sem rumo.
06/07/2008
3 comentários:
Só pra constar que passei por aqui, li e, provavelmente, voltarei... ainda que não conheça a língua russa, saiba muito pouco sobre o pensamento que matou Deus e não tenha sido convidada (hihi). No mais: meudeusdoceu, saudades!!
=]
Belo post Thiago!
Nossa...sua escrita é fabulosa!
Parabéns.
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