quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Felizanovo

O anovo já começou há dias e essa deve ser a minha terceira tentativa de escrever um texto sobre. De antemão, digo: não consegui. A inspiração tem voado em outros ares, não tenho respirado ela ultimamente, contudo, não posso dizer que ando asfixiado, pelo contrário, ando mesmo a encher meus pulmões do ar quente produzido pela combustão (da ponta da brasa).

Somos o que chamam pós-modernos (pós-qualquercoisa) e nossa geração é dada a suicídios lentos, mas nada se consumará. Até mesmo o anovo é projeto não concluído: a virtualização impera, nada se realiza. Anovo é um plano perfeito – planos perfeitos por definição nunca deixam o plano ideal. O virtual nos transpassa, antecipa... feito flecha mágica encarnada na montanha russa do parque ao lado. A realidade é algo distante, perdida na neblina da crise da objetividade.
A História já não pode ser narrada, se não pela ficção: ela é agora narrativa espetacular – instantaneidade, sem passado ou futuro. A História é jogo de RPG (em três dimensões) produzido em série... antes dos acontecimentos: a informação precede o fato.

Felizanovo (que deus lhe dê muita saúde e paz e que os anjos de amém)

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