O céu é esse corpo exposto, sem sombra ou rosto, dando a face pra bater. Nele, deslizam as nuvens, penduram as bolsas e, no salão principal, medo da recessão.
O céu é esse olho azul e branco... de furacão incolor, bandeirolas vermelhas no ano das olimpíadas, mas já faz tanto tempo e o nosso eterno “como se fosse ontem” está cada vez mais longe.
O céu é sol na contramão do fim da história, luz sem fim de túnel... túnel sem fim... a objetividade carece de provas: os fatos são demasiados suspeitos.. suspensos sobre os servos da razão. A música do céu é para ser ouvida, invisível, inodora, anti-sinestésica: vento audível para ouvidos atentos e olhos fechados: a imagem, "filha da saudade", está aqui, longe do olhar: aqui.
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